SEM PAPAS NA LÍNGUA: Bolsonaro detona a Globo dentro da própria Globo e peita Bonner e Renata no Jornal Nacional
Tudo bem que nos dois primeiros debates presidenciais dessa campanha, (Band e Rede TV), vimos um Bolsonaro apático, com cola na mão e demostrando um desconhecimento espantoso sobre os principais problemas do país. Mas ontem, em entrevista ao Jornal Nacional, o candidato a presidência, segundo lugar nas pesquisas, primeiro sem o nome de Lula, mostrou que, foi ruim de debate (até agora), é um ás na arte falar o que vem a cabeça. Na sabatina, ele detonou a Rede Globo dentro da própria Globo.
É possível dizer que se fosse uma luta o ex-militar teria ganho por nocaute. Aí vocês perguntam. Mas a Renata Vasconcellos enquadrou o deputado quando ele, claramente, perguntado sobre diferença de salários entre mulher e homem, insinuou que Renata, fazendo o mesmo que Bonner, ganhava menos que ele. É verdade, mas esse tipo de enquadramento Bolsonaro ouve todos os dias. Pra ele foi apenas mais um.
Fora isso, Bolsonaro fez barba, cabelo e bigode dentro da Vênus platinada. Disse que a Globo recebia bilhões do Governo Federal em verbas publicitárias e vociferou que a emissora hoje diz que o golpe de 64 foi uma ditadura, mas se esquece que o próprio Roberto Marinho (fundador da Globo, morto em 20013) escreveu um editorial apoiando o regime.
"Eu quero aqui elogiar, saudar a memória do senhor Roberto Marinho. Editorial de capa do jornal ‘O Globo’ de 7 de outubro de 1984, ‘Senhor Roberto Marinho’: ‘Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas ameaçadas pela radicalização ideológica, distúrbios sociais, greves e corrupção generalizada’. “O senhor Roberto Marinho… vocês (se referindo a Bonner e Renata) acham, que ele foi um democrata ou um ditador?" A pergunta deixou Bonner desconsertado.
No final do jornal o apresentador leu a batida nota no qual o Grupo Globo reconhecia que o apoio da emissora carioca aos militares em 1964 havia sido um erro. Bolsonaro já tinha feito a mesma pergunta em uma entrevista a Miriam Leitão na Globo News, que foi obrigada a ler, às pressas, a nota que era soprada pelo seu ponto eletrônico.
O clima ainda ficaria tenso em outros questionamentos da entrevista, como por exemplo, quando foi falado na suposta conduta homofóbica do candidato, no recebimento do auxílio moradia como deputado federal e na luta contra violência no país.
Bolsonaro ainda continua se esquivando das perguntas que lhe fazem acerca de como ele, se eleito, vai dar um jeito no país, mostrando um espantoso desconhecimento sobre Brasil para quem já é deputado federal há 27 anos. Mas não se pode dizer que ele não tem coragem. Meteu o dedo na ferida do maior complexo de comunicação da América Latina e um dos quatro maiores do mundo dentro da própria sede da joia da coroa do Grupo Globo, que é a Rede Globo.BOLSONARO 1 , GLOBO 0
"Eu quero aqui elogiar, saudar a memória do senhor Roberto Marinho. Editorial de capa do jornal ‘O Globo’ de 7 de outubro de 1984, ‘Senhor Roberto Marinho’: ‘Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas ameaçadas pela radicalização ideológica, distúrbios sociais, greves e corrupção generalizada’. “O senhor Roberto Marinho… vocês (se referindo a Bonner e Renata) acham, que ele foi um democrata ou um ditador?" A pergunta deixou Bonner desconsertado.
No final do jornal o apresentador leu a batida nota no qual o Grupo Globo reconhecia que o apoio da emissora carioca aos militares em 1964 havia sido um erro. Bolsonaro já tinha feito a mesma pergunta em uma entrevista a Miriam Leitão na Globo News, que foi obrigada a ler, às pressas, a nota que era soprada pelo seu ponto eletrônico.
O clima ainda ficaria tenso em outros questionamentos da entrevista, como por exemplo, quando foi falado na suposta conduta homofóbica do candidato, no recebimento do auxílio moradia como deputado federal e na luta contra violência no país.
Bolsonaro ainda continua se esquivando das perguntas que lhe fazem acerca de como ele, se eleito, vai dar um jeito no país, mostrando um espantoso desconhecimento sobre Brasil para quem já é deputado federal há 27 anos. Mas não se pode dizer que ele não tem coragem. Meteu o dedo na ferida do maior complexo de comunicação da América Latina e um dos quatro maiores do mundo dentro da própria sede da joia da coroa do Grupo Globo, que é a Rede Globo.BOLSONARO 1 , GLOBO 0
FONTE V&C