Única central elétrica de Gaza para de funcionar após bombardeio de Israel
Ataque danificou equipamento e atingiu reservas de combustível.
Maior parte da cidade de Gaza ficou sem energia.
A única central elétrica da Faixa de Gaza ficou fora de funcionamento após os bombardeios do exército israelense, anunciou nesta terça-feira (29) o diretor-adjunto da autoridade de Energia do reduto palestino, interrompendo o suprimento de eletricidade para a Cidade de Gaza e várias outras partes do enclave palestino de 1,8 milhão de habitantes.
Foram declarados grandes incêndios no setor da central (no centro do território palestino), impedindo o acesso dos veículos de auxílio, constatou um jornalista da AFP.
Além disso, segundo Fathi al-Sheikh Jalil, "cinco das dez linhas elétricas provenientes de Israel para abastecer a Faixa de Gaza foram atingidas pelos bombardeios israelenses, e os serviços de manutenção não conseguem ter acesso à zona para consertá-las".Esta usina fornece cerca de 30% do consumo de eletricidade de Gaza, de acordo com a AFP. Já a Reuters afirma que a instalação fornece energia para dois terços do enclave palestino.
Além da falta crônica de água, o reduto palestino, submetido desde 2006 a um bloqueio imposto por Israel, sofre grandes problemas de fornecimento de eletricidade.
A usina já havia sido atingida na semana passada e operava com cerca de 20% de sua capacidade, o que garantia apenas algumas horas por dia de eletricidade para os moradores de Gaza.
Mortes
Bombardeios israelenses mataram nesta terça dezenas de palestinos na Faixa de Gaza, após um dia sombrio também para o exército israelense, no início da quarta semana de confrontos que nenhuma iniciativa diplomática parece capaz de deter.
Bombardeios israelenses mataram nesta terça dezenas de palestinos na Faixa de Gaza, após um dia sombrio também para o exército israelense, no início da quarta semana de confrontos que nenhuma iniciativa diplomática parece capaz de deter.
A ofensiva israelense, lançada no dia 8 de julho em resposta a disparos de foguetes do movimento islamita Hamas de Gaza, já matou mais de 1.100 palestinos, em sua grande maioria civis, incluindo 230 crianças, segundo a Unicef.
Do lado israelense, três civis e 53 soldados morreram nas três semanas de confrontos, o número de baixas militares mais alto desde a guerra contra o Líbano de 2006.
No campo de refugiados de Shati, a casa vazia do chefe do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, foi atingida por bombardeios, segundo sua família, assim como a televisão e a rádio do Hamas, que seguiam, no entanto, em funcionamento.
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