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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Armando Monteiro e Paulo Câmara partem para o ataque no debate da Rádio Jornal

PUBLICADO EM 04/09/2014 ÀS 12:11 POR  EM NOTÍCIAS
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Principais adversários na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, Armando Monteiro Neto (PTB) e Paulo Câmara (PSB) partiram para o ataque um contra o outro no debate realizado pela Rádio Jornal nesta quinta-feira (4), em Caruaru, no Agreste pernambucano. Os postulantes tentaram também fazer um dois contra um, usando o terceiro melhor colocado nas pesquisas, Zé Gomes (PSOL), na batalha um contra o outro, mas ele frisou que considera as candidaturas socialista e petebista muito parecidas e ambos acabaram alvo das suas críticas.
O primeiro ataque partiu do estreante no processo eleitoral Paulo Câmara. O representante da Frente Popular se autoafirmou credenciado para a campanha por ter sido secretário do Governo de Pernambuco, na gestão de Eduardo Campos (PSB), seu padrinho político – nas pastas da Fazenda, de Turismo e de Administração. Em seguida, lembrou que Armando não tem experiência no poder executivo e, assim, perguntou o que o faz capaz de governar o Estado, um discurso que faz desde o início da campanha.
Armando respondeu com uma alfinetada, também repetida: “Liderança pública não é algo que se transmite a herdeiros ou afilhados.” O petebista disse que Câmara tem experiência na gestão, mas não na governança, termo que envolve também a articulação e o gerenciamento de riscos. “Essa frente com tantos partidos (a coligação do socialista tem 21 legendas) quem reuniu foi Eduardo, Paulo, não foi você. Você não tem experiência”, disse. Armando ressaltou ainda que, quando esteve à frente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi eleito e reeleito, além de ter sido o senador mais votado em 2010, quando era integrante da Frente Popular. “Eu acho até que você votou em mim em 2010″, ironizou.
O petebista usou Zé Gomes contra Paulo Câmara na sua vez de perguntar. Alegando enxergar uma insatisfação no serviço público provocada, na visão dele, por uma “compressão salarial” na gestão socialista, questionou ao candidato do PSOL como ele vê a política de remuneração.
“O massacre não foi só no âmbito salarial”, iniciou Zé Gomes. Para ele, o governo do PSB priorizou o crescimento econômico e o alcançou, porém diz que isso não acompanhou um desenvolvimento social. “Nesse momento, as propostas são muito fáceis, mas, quando passam as eleições, quem vive os problemas é a população”, apontou.
Na réplica, Armando disse concordar com o posicionamento de Zé Gomes. Entretanto, ouviu uma crítica que não é inédita, mas tirou o postulante do PSOL da jogada só contra Paulo Câmara: “Os dois candidatos aqui representam o mesmo projeto político.”
A estratégia foi a mesma quando Paulo Câmara perguntou a Zé Gomes. “Você acha que o País merece mais quatro anos de Dilma?” foi a pergunta do socialista, fundamentada na desaceleração da economia e no aumento da inflação. Como se não pudesse ser ouvido, Armando resmungou que o PSB apoiou o governo petista – até o ano passado. O candidato do PSOL tergiversou e respondeu com uma crítica ao Governo de Pernambuco quanto ao diálogo com a população, considerado um ponto ruim por ele. A réplica de Paulo foi usada para afirmar que o Brasil parou e que Marina Silva (PSB) é a candidata da “nova política”. Pois bem, Zé Gomes também aproveitou para fazer campanha para Luciana Genro (PSOL).
O postulante do PSOL não foi o único a fugir da resposta. Questionando Paulo Câmara qual é a porcentagem de alunos da rede estadual que está nas escolas de referência, não obteve respostas. O adversário, na verdade, apresentou propostas para a educação: prometeu que todos os alunos que tiverem interesse de estudar nas escolas de tempo integral terão a sua garantida, o projeto nova escola integrada e a valorização do professor.
Perguntando a Armando sobre políticas públicas para evitar os assassinatos de negros em Pernambuco, a resposta foi sobre uma reformulação no Pacto Pela Vida.

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