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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Depois de tumulto, sessão de votação da meta fiscal ganha reforço de segurança no Congresso

PUBLICADO EM 03/12/2014 ÀS 10:45 POR  EM NOTÍCIAS
Manifestantes tiveram de ser retirados das galerias, a medida resultou em confusão e tumulto na sessão da noite anterior. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress.
Manifestantes tiveram de ser retirados das galerias, a medida resultou em confusão e tumulto na sessão da noite anterior. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress.
Adiada para a manhã desta quarta-feira (3) por causa de tumultos e confusões na noite anterior, a nova sessão do Congresso para votar a manobra fiscal, garantindo a Governo Federal o não cumprimento da meta do superávit primário em 2014, está recebendo segurança reforçada para evitar que manifestantes voltem a ocupar as galerias do Plenário.
A sessão de terça-feira teve de ser cancelada pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), por causa do clima de confusão iniciada por manifestantes que ocupavam as galerias do Plenário, sob gritos de acusação à base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A entrada dos manifestantes na primeira votação foi liberada após movimentações de deputados da oposição, que garantiram a entrada de 50 deles.
Os manifestantes já começam a se aglomerar na entrada para acompanhar a sessão desta quarta-feira, mas o acesso às galerias está bloqueado, com um esquema de segurança reforçado.
O carro do vice-presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), foi cercado por pessoas que exigiam a entrada nas galeria do Plenário, gritando palavras de ordem e acusando o governo do PT de “ditadura”. O petista respondeu perguntando quanto os manifestantes estavam recebendo para permanecer no local, insinuando uma politização do movimento, que, segundo o Governo, está sendo financiado pela oposição para obstruir o processo de votação.
A sessão da noite foi encerrada depois que a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) acusou os manifestantes de agredirem verbalmente a deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), chamando-a de “vagabunda”.
Na saída houve mais confusão entre a segurança e os ocupantes das galerias, uma senhora de 79 anos recebeu uma “gravata” de um dos agentes e um professor de história diz ter recebido um choque elétrico, numa ação de imobilização.
O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) chegou a rolar as escadas na tentativa de impedir que os manifestantes fossem retirados das galerias.
A proposta, que autoriza o governo a abandonar a meta de poupança para pagamento dos juros da dívida, o chamado superavit primário, nem chegou a ser analisada em Plenário. Os congressistas estavam discutindo dois vetos presidenciais que estavam na pauta. O projeto espera para ser votado no plenário do Congresso há três semanas. Já foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento.

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