Imprensa
Tiroteio em sede de revista satírica francesa mata mais de dez
De agências
Periódico já havia sido objeto de ameaças no passado por ter publicado caricaturas de MaoméFoto: AFP
"A França é ameaçada porque, assim como outros países, nós somos um país de liberdade", disse Hollande.
Até o momento, o ataque deixou 12 mortos e pelo menos quatro feridos. Duas das vítimas fatais eram policiais.
Um jornalista que trabalha próximo ao local fez imagens dos atiradores na área:
Segundo informações, havia pelo menos dois atiradores, que conseguiram escapar em dois veículos. Uma pessoa disse que dois homens “armados com um [fuzil] kalashnikov e um lança-foguetes” atacaram o edifício, no centro de Paris, e “trocaram tiros com as forças de segurança”.
A redação do jornal satírico, publicado semanalmente, chegou a ser atacada em novembro de 2011, quando um incêndio de origem criminosa destruiu as suas instalações.
Esse incidente ocorreu depois de o jornal publicar um número especial sobre as primeiras eleições na Tunísia após a destituição do Presidente Zine el Abidine Ben Ali, vencidas pelo partido islâmico Ennahda, no qual o profeta Maomé era o “redator principal”.
Segundo fontes policiais, os autores do ataque gritaram "Vingamos o Profeta!".
O último tuíte da publicação é um cartum satirizando o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.
A Casa Branca condenou o atentado "nos termos mais enérgicos".
"Todos na Casa Branca se solidarizam com as famílias daqueles que foram mortos ou feridos neste ataque", declarou o porta-voz Josh Earnest, falando à MSNBC.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, também condenou o que chamou de "um ato intolerável, uma barbárie".
"Estou profundamente consternado com o ataque brutal e desumano contra a redação da Charlie Hebdo. É um ato intolerável, uma barbárie que questiona a todos nós como seres humanos e europeus", afirmou Juncker em um comunicado.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, expressou solidariedade com a França na luta contra o terrorismo.
"Os assassinatos em Paris são revoltantes. Estamos ao lado do povo francês na luta contra o terrorismo e na defesa da liberdade de imprensa", declarou Cameron em sua conta no Twitter.
A chefe do governo alemão, Angela Merkel, definiu o atentado como abominável. "Um ataque que ninguém pode justificar contra a liberdade de imprensa e de opinião, um fundamento de nossa cultura livre e democrática", afirmou em um comunicado.
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