Seguro-desemprego está 'ultrapassado' no país, diz Levy ao 'FT'
Ministro citou a necessidade de cortar subsídios para ajustar economia.
Recentemente, governo endureceu o acesso a benefícios previdenciários.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy
(Foto: Agência Brasil)
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira (23),
que o atual modelo de auxílio-desemprego do país está "completamente
ultrapassado", durante entrevista ao jornal "Financial Times", concedida
no Forum Economico Mundial, em Davos, na Suíça.(Foto: Agência Brasil)
Em inglês, Levy utilizou a expressão "out-of-date" (em tradução livre, obsoleto ou ultrapassado) para referir-se ao sistema de benefícios previdenciários, citando a necessidade de "livrar-se de subsídios e ajustar os preços" como providências imediatas de sua política fiscal.
No fim do ano passado, o acesso a auxílios previdenciários como pensão por morte e seguro-desemprego ficou mais rigoroso após a edição de medidas provisórias. A medida pode ser considerada uma “minirreforma previdenciária”, parte do pacote do "período de austeridade" anunciado pelo ministro.
Levy também reconheceu que o período de ajuste pode impactar no crescimento econômico. "Acredito que a economia parada não pode ser descartada como uma possibilidade embora o PIB no Brasil seja resiliente", afirmou à publicação.
saiba mais
Ainda sobre a política de cortes e ajuste fiscal, o ministro
acrescentou que "assim que sua equipe colocar a casa em ordem, a reação
será positiva", referindo-se à necessidade de estimular a demanda e
resgatar a confiança do mercado. Ele reconheceu, contudo, que as medidas
anticíclicas tem suas limitações.O ministro disse também que acredita que suas reformas estão em linha com as tendências internacionais, em particular as políticas ára estimular a economia nos Estados Unidos e na China. "O mundo está mudando e é hora de o Brasil mudar", afirmou.
Sobre a presidente
Levy afirmou, ainda, que considera a presidente Dilma Rousseff uma pessoa "muito decidida e que entende suas escolhas". O ministro disse ao jornal britânico que não está sozinho no governo, argumentando que outras reformas estão sendo feitas em outros ministérios do segundo mandato da petista, como de Energia e Agricultura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário