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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Movimento LGBT quer constranger igrejas, diz Cleiton Collins

PUBLICADO EM 24/02/2015 ÀS 11:13 POR  EM NOTÍCIAS
Foto: Arquivo JC Imagem
Foto: Arquivo JC Imagem
“O que o movimento LGBT quer é constranger as igrejas.” A frase é do pastor Cleiton Collins (PP), deputado estadual mais votado da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que explicou ao Blog de Jamildo, na manhã desta terça-feira (24), porque é contra a criação da nova secretaria executiva voltada para minorias que o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), deseja instalar no governo. “Imagina se fôssemos criar a secretaria Religiosa?”
Para Cleiton Collins, a criação de uma pasta para tratar da questão de negros, índios e da comunidade LGBT não atende a todas as formas de minorias, o que ele classifica como “privilégio”. O deputado cobra também disposição do Estado para debater a questão dos idosos e deficientes e diz não ver necessidade para a existência da nova pasta, considerando que já existe a Secretaria Estadual de Direitos Humanos.
O pepista lembra ainda o momento econômico difícil que o governo vem passando e diz que não é o momento de criar novas estruturas, que exigem mais recursos. Além disso, diz que existem áreas mais importantes, como a Secretaria Estadual Anti-drogas, que ele defende há anos.
“Daqui a pouco, os gordinhos vão pedir proteção. Vai ter a ‘gordofobia'”, afirma o deputado. “Qual o programa de humor que você vê que não tem um [humorista] imitando uma bichinha? Isso é da cultura”, diz.
Cleiton Collins lembra que parte da população brasileira é conservadora e que a “família tradicional” precisa ser tolerada pelos homossexuais, do mesmo modo que esses são tolerados pelos religiosos. “Você nunca vai ouvir dizer que um evangélico matou um homossexual.”
Questionado sobre as declarações fortes, o deputado disse que fala verdades que muito não têm coragem de dizer e cobra que a comunidade evangélica também seja respeitada. “O que não tem de pastor sendo chamado de ladrão?”, questiona.
Collins garante que prega o respeito às pessoas e diz que existem “homossexuais normais” e aqueles “mais assanhadinhos”.
O deputado também critica a polêmica em torno do casal de turistas homossexuais que foi detido em Olinda, no Carnaval. “Daqui a pouco, vão criar cadeia para homofóbico”, diz. “Até o beijo comum, homem e mulher, dependendo do ambiente, se torna constrangedor”, defende.
ENTENDA – A criação da secretaria das minorias causou polêmica na Alepe nessa segunda-feira (23), depois que o pastor Cleiton Collins usou a tribuna para se posicionar contra a medida do governador Paulo Câmara.
A declaração foi endossada pelo Professor Lupércio (SD), que disse não ter nada contra os gays, mas sim contra a pratica da homossexualidade e citou a Bíblia para dizer que a relação entre dois homens não é aceitável perante Deus; e por Joel da Harpa, segundo quem diferente dos negros e índios, os homossexuais não nascem minoria e podem optar por serem heterossexuais.
Em contrapartida, a criação da pasta foi defendida tanto pelo líder do governo, Waldemar Borges (PSB), que disse que esses grupos precisam de políticas públicas próprias e defendeu o Estado como garantidor de direitos civis, e pelo líder da oposição, Silvio Costa Filho (PTB), que apoiou a iniciativa, desde que ela não aumente as despesas do Estado.

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