Fechamento da Delegacia Regional à noite e em feriados pode atrasar ainda mais recolhimento de corpos em Garanhuns e região
Se já era recorrente a reclamação de famílias de vítimas de acidentes de trânsito e homicídios em Garanhuns e cidades da região quanto a grande demora na liberação dos corpos de seus parentes que, por vezes, ficam horas ao relento a espera do IML, esse processo pode piorar e muito com o fechamento do plantão da Delegacia Regional em Garanhuns.
Com o fechamento da delegacia à noite e nos feriados, a demora na liberação pode triplicar nesses intervalos de tempo. É que, caso ocorra algum crime à noite ou nos feriados, a PM deve entregar a ocorrência na delegacia de plantão mais próxima que fica em Caruaru. Se o caso for de acidente com vítima fatal ou homicídio, uma equipe da Polícia Civil de Caruaru é que deverá vir a Garanhuns ou cidade da região fazer o levantamento do corpo. O problema que a polícia lá também não tem efetivo suficiente nem para a demanda local e só Deus sabe quando chegariam aqui.
Um policial civil que conversou com o V&C fez uma estimativa de quanto pode ser demorado o recolhimento de corpos em Garanhuns e região se o fato ocorrer à noite ou fins de semana. "Acredito que um homicídio que ocorra por volta das 20 horas em Garanhuns, o corpo só deva ser retirado às 8 ou 9 horas do dia seguinte, justamente pela ausência de delegacia de plantão na cidade", Estamos reivindicando melhores condições de trabalho. Ninguém aguenta mais trabalhar em jornada extra (PJES) porque se torna humanamente absurdo", revelou o profissional.
ENTENDA
A Delegacia Regional de Garanhuns (18ª Desec) fechou as portas na noite de ontem. Ela era a única que funcionava em regime de plantão à noite e nos feriados e atendia a demanda de Garanhuns e cerca de 20 cidades do Agreste Meridional. Com isso, as ocorrências atendidas pela PM à noite e nos feriados tem que serem levadas para Caruaru, plantão mais próximo.
Os policiais entregaram o plantão porque se recusam a atuar em jornada extra de trabalho. Segundo o Sinpol, o Programa de Jornada Extra da Segurança (PJES) supre a necessidade de garantir mais policiamento, porém, sem aumentar o efetivo da polícia através de concurso público. Com o PJES, os policiais utilizam suas horas de descanso para cumprir jornadas extras e isso traz prejuízo ao andamento da atividade policial e a saúde do servidor.
Os policiais entregaram o plantão porque se recusam a atuar em jornada extra de trabalho. Segundo o Sinpol, o Programa de Jornada Extra da Segurança (PJES) supre a necessidade de garantir mais policiamento, porém, sem aumentar o efetivo da polícia através de concurso público. Com o PJES, os policiais utilizam suas horas de descanso para cumprir jornadas extras e isso traz prejuízo ao andamento da atividade policial e a saúde do servidor.
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