A DISPUTA PELA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Geraldo Alckmin deve crescer quando começar a campanha eleitoral, porque tem forte estrutura financeira, uma boa base política e tempo na televisão.
É nome forte para ir ao segundo turno.
Ao contrário do ex-governador paulista, Jair Bolsonaro tem pouco tempo no rádio e TV e enfrenta a má vontade de maioria dos partidos e da grande mídia.
Até a Globo está contra o representante da extrema direita. A preferência dos irmãos Marinho é pela candidatura tucana.
O representante do PSL está nas cabeças das pesquisas, hoje, mas poderá ter dificuldades para manter a liderança e se garantir no segundo turno.
Bolsonaro, no plano nacional, é o que o Delegado Lessa foi em Caruaru, na eleição de 2016. Liderou as pesquisas no início e no final foi atropelado por quem tinha mais “bala na agulha”.
Marina está muito quieta, os números nas pesquisas são tímidos e se a situação continuar como está não brigará pela vaga na etapa final da eleição, como aconteceu em 2010 e 2014.
Da mesma maneira que a representante da Rede, Ciro Gomes (PDT), patina nas pesquisas, não representa nenhuma novidade, enfrenta desconfianças à direita e a esquerda. Difícil deslanchar.
Fernando Haddad, que deve virar o candidato do PT, com a impugnação de Lula, vai tentar ser o herdeiro político do ex-presidente, tentando também chegar ao segundo turno.
O discurso do ex-prefeito de São Paulo já está ensaiado: sua candidatura representa "a derrota dos golpistas, do governo Michel Temer e da continuidade do atual projeto político, que é apoiado pelo PSDB de Alckmin".
Vai ser uma eleição atípica, complicada e cabe ao povo decidir se o Brasil continua a ser governado para os privilegiados, como acontece atualmente, ou promove uma mudança na esperança de sair de uma crise que já dura quatro anos.
É preciso também o eleitor pensar mais na hora de votar pra deputado. Não adianta escolher um bom candidato a presidente e mandar para a Câmara dos Deputados um parlamentar sem compromisso com a população nem com o país.
O Congresso atual (incluindo Câmara e Senado) é podre e necessita de ampla renovação.
*A foto da Revista Veja inclui também Álvaro Dias e Henrique Meirelles, que a nosso ver vão continuar com índices insignificantes nas pesquisas.
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