Sobe o número de mortos por tsunami na Indonésia; vulcão ainda está em erupção
Porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres alerta para riscos de novos tsunamis.
Por G1
Imagem aérea mostra erupção do vulcão Anak Krakatau neste domingo (23) na Indonésia — Foto: Nurul Hidayat/Bisnis Indonesia via AP
O balanço de vítimas do tsunami que atingiu a Indonésia no último sábado subiu para 373 mortos e mais de 1.400 feridos, anunciou a Agência Nacional de Gestão de Desastres nesta segunda-feira (24). Outras 128 pessoas seguem desaparecidas. O tsunami foi provocado pela erupção do vulcão Anak Krakatoa, que segundo a agência ainda está em erupção e pode provocar novos tsunamis.
"Estamos alertando as pessoas para permanecerem cautelosas", afirmou no domingo Sutopo Purwo Nugroho, porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, de acordo com a CNN. "As agências ainda continuam analisando a causa raiz ... o vulcão Krakatau continua em erupção, o que poderia provocar outro tsunami."
Sobe para 373 o número de mortos em tsunami na Indonésia
O balanço anterior divulgado no domingo registrava 222 mortos e mais de 800 feridos.
Segundo Nugroho, mais de 600 construções, incluindo casas, hotéis e estabelecimentos comercias, e mais de 400 barcos ficaram danificados.
Pessoas inspecionam nesta segunda-feira (24) área destruída pelo tsunami em Sumur, na Indonésia — Foto: Fauzy Chaniago/AP Photo
Milhares de soldados, policiais, funcionários do governo e voluntários estão trabalhando nas buscas de vítimas nas ilhas de Sumatra e Java.
"Suspeita-se que algumas vítimas ainda estão presas sob destroços e materiais levados pelo tsunami", disse Nugroho.
Homem chora após identificar parente entre os corpos de vítimas do tsunami em Carita, Indonésia — Foto: Fauzy Chaniago/AP Photo
Como nenhum tremor de terra foi registrado antes da chegada das ondas, as autoridades não tiveram tempo de transmitir um alerta e preparar a população.
O presidente indonésio Joko "Jokowi" Widodo expressou suas condolências e ordenou que as agências governamentais respondessem rapidamente ao desastre. A ONU se mostrou disposta a apoiar os esforços do governo, indicou o porta-voz de Antonio Guterres, secretário-geral da organização.
Por G1
Imagem aérea mostra erupção do vulcão Anak Krakatau neste domingo (23) na Indonésia — Foto: Nurul Hidayat/Bisnis Indonesia via AP
O balanço de vítimas do tsunami que atingiu a Indonésia no último sábado subiu para 373 mortos e mais de 1.400 feridos, anunciou a Agência Nacional de Gestão de Desastres nesta segunda-feira (24). Outras 128 pessoas seguem desaparecidas. O tsunami foi provocado pela erupção do vulcão Anak Krakatoa, que segundo a agência ainda está em erupção e pode provocar novos tsunamis.
"Estamos alertando as pessoas para permanecerem cautelosas", afirmou no domingo Sutopo Purwo Nugroho, porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, de acordo com a CNN. "As agências ainda continuam analisando a causa raiz ... o vulcão Krakatau continua em erupção, o que poderia provocar outro tsunami."
Sobe para 373 o número de mortos em tsunami na Indonésia
O balanço anterior divulgado no domingo registrava 222 mortos e mais de 800 feridos.
Segundo Nugroho, mais de 600 construções, incluindo casas, hotéis e estabelecimentos comercias, e mais de 400 barcos ficaram danificados.
Pessoas inspecionam nesta segunda-feira (24) área destruída pelo tsunami em Sumur, na Indonésia — Foto: Fauzy Chaniago/AP Photo
Milhares de soldados, policiais, funcionários do governo e voluntários estão trabalhando nas buscas de vítimas nas ilhas de Sumatra e Java.
"Suspeita-se que algumas vítimas ainda estão presas sob destroços e materiais levados pelo tsunami", disse Nugroho.
Homem chora após identificar parente entre os corpos de vítimas do tsunami em Carita, Indonésia — Foto: Fauzy Chaniago/AP Photo
Como nenhum tremor de terra foi registrado antes da chegada das ondas, as autoridades não tiveram tempo de transmitir um alerta e preparar a população.
O presidente indonésio Joko "Jokowi" Widodo expressou suas condolências e ordenou que as agências governamentais respondessem rapidamente ao desastre. A ONU se mostrou disposta a apoiar os esforços do governo, indicou o porta-voz de Antonio Guterres, secretário-geral da organização.
Onda arrastou palco e público de show
Na praia de Tanjung Lesung, em Java, a onda gigante atingiu um palco onde acontecia um show do grupo de música pop "Seventeen" e arrastou a estrutura contra o público.
Um vídeo dramático que circula pelas redes sociais mostra o momento do desastre. Os integrantes da banda correm desesperados do palco, enquanto a onda chega aos espectadores.
Assista ao vídeo:
Tsunami na Indonésia: integrantes da banda Seventeen permanecem desaparecidos
Em uma mensagem no Instagram, o vocalista do grupo, Riefian Fajarsyah, anunciou, sem conter as lágrimas, as mortes do baixista e do empresário que organizava a turnê, assim como o desaparecimento de outros dois músicos, um técnico e de sua esposa.
Imagens exibidas por um canal de televisão mostram a onda na praia de Carita, um popular destino turístico da costa oeste de Java: na passagem, o fenômeno deixa um rastro de destruição, com pedaços de telhados, madeira e árvores derrubadas.
Na praia de Tanjung Lesung, em Java, a onda gigante atingiu um palco onde acontecia um show do grupo de música pop "Seventeen" e arrastou a estrutura contra o público.
Um vídeo dramático que circula pelas redes sociais mostra o momento do desastre. Os integrantes da banda correm desesperados do palco, enquanto a onda chega aos espectadores.
Assista ao vídeo:
Tsunami na Indonésia: integrantes da banda Seventeen permanecem desaparecidos
Em uma mensagem no Instagram, o vocalista do grupo, Riefian Fajarsyah, anunciou, sem conter as lágrimas, as mortes do baixista e do empresário que organizava a turnê, assim como o desaparecimento de outros dois músicos, um técnico e de sua esposa.
Imagens exibidas por um canal de televisão mostram a onda na praia de Carita, um popular destino turístico da costa oeste de Java: na passagem, o fenômeno deixa um rastro de destruição, com pedaços de telhados, madeira e árvores derrubadas.
Combinação de fatores
De acordo com autoridades, o tsunami pode ter sido provocado por um aumento repentino da maré provocado pela lua cheia, combinado com uma avalanche no fundo do mar após a erupção do Anak Krakatoa, que forma uma pequena ilha no estreito de Sunda.
Tsunami atinge a Indonésia — Foto: Igor Estrella/G1
Anak Krakatoa é uma pequena ilha vulcânica que surgiu no oceano meio século depois da letal erupção do vulcão Krakatoa em 1883. É um dos 127 vulcões ativos da Indonésia.
"A combinação provocou um tsunami repentino que atingiu a costa", afirmou Nugroho, antes de destacar que a Agência Geológica da Indonésia trabalha para elucidar o que aconteceu exatamente.
Imagem aérea mostra parte da destruição causada por tsunami na praia de Carita, na Indonésia — Foto: Azwar Ipank / AFP
As autoridades indonésias chegaram a afirmar em um primeiro momento que não havia tsunami, e sim um aumento da maré, e pediram à população que não entrasse em pânico.
"Se houve um erro a princípio, lamentamos", escreveu Nugroho mais tarde no Twitter.
As erupções vulcânicas submarinas, que são relativamente incomuns, podem provocar tsunamis pelo deslocamento repentino de água ou deslizamentos em encostas, de acordo com o Centro Internacional de Informação sobre Tsunamis.
De acordo com autoridades, o tsunami pode ter sido provocado por um aumento repentino da maré provocado pela lua cheia, combinado com uma avalanche no fundo do mar após a erupção do Anak Krakatoa, que forma uma pequena ilha no estreito de Sunda.
Tsunami atinge a Indonésia — Foto: Igor Estrella/G1
Anak Krakatoa é uma pequena ilha vulcânica que surgiu no oceano meio século depois da letal erupção do vulcão Krakatoa em 1883. É um dos 127 vulcões ativos da Indonésia.
"A combinação provocou um tsunami repentino que atingiu a costa", afirmou Nugroho, antes de destacar que a Agência Geológica da Indonésia trabalha para elucidar o que aconteceu exatamente.
Imagem aérea mostra parte da destruição causada por tsunami na praia de Carita, na Indonésia — Foto: Azwar Ipank / AFP
As autoridades indonésias chegaram a afirmar em um primeiro momento que não havia tsunami, e sim um aumento da maré, e pediram à população que não entrasse em pânico.
"Se houve um erro a princípio, lamentamos", escreveu Nugroho mais tarde no Twitter.
As erupções vulcânicas submarinas, que são relativamente incomuns, podem provocar tsunamis pelo deslocamento repentino de água ou deslizamentos em encostas, de acordo com o Centro Internacional de Informação sobre Tsunamis.
Não há registro de brasileiros atingidos
Em nota divulgada na tarde deste domingo (23), o Itamaraty informou que "até o momento", não há registro de brasileiros entre os atingidos. O governo brasileiro acrescentou que acompanha a situação na Indonésia por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta e da Divisão de Assistência Consular (DAC) em Brasília.
Para casos de emergência, o telefone do plantão consular da Embaixada em Jacarta é +62 811 800 662. Em Brasília, o Núcleo de Assistência a Brasileiros pode ser acionado pelos telefones +55 61 2030-8803/8804 (das 8h às 20h) e + 55 61 98197-2284 (plantão consular, das 20h às 8h).
Em nota divulgada na tarde deste domingo (23), o Itamaraty informou que "até o momento", não há registro de brasileiros entre os atingidos. O governo brasileiro acrescentou que acompanha a situação na Indonésia por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta e da Divisão de Assistência Consular (DAC) em Brasília.
Para casos de emergência, o telefone do plantão consular da Embaixada em Jacarta é +62 811 800 662. Em Brasília, o Núcleo de Assistência a Brasileiros pode ser acionado pelos telefones +55 61 2030-8803/8804 (das 8h às 20h) e + 55 61 98197-2284 (plantão consular, das 20h às 8h).
Anel de Fogo do Pacífico
A Indonésia, uma das áreas mais propensas a sofrer catástrofes no planeta, fica no Anel de Fogo do Pacífico, onde se encontram placas tectônicas e que registra grande parte das erupções vulcânicas e terremotos do planeta.
Infográfico mostra Anel de Fogo do Pacífico — Foto: Karina Almeida/G1
O país sofre com frequência terremotos violentos, o mais recente deles na cidade de Palu, na ilha Célebes, onde milhares de pessoas morreram vítimas de um tremor e posterior tsunami.
Em 2004, um tsunami provocado por um terremoto no fundo do mar de 9,3 graus de magnitude, na costa de Sumatra, Indonésia, provocou a morte de 220.000 pessoas em vários países do Oceano Índico, 168.000 delas na Indonésia.
A Indonésia, uma das áreas mais propensas a sofrer catástrofes no planeta, fica no Anel de Fogo do Pacífico, onde se encontram placas tectônicas e que registra grande parte das erupções vulcânicas e terremotos do planeta.
Infográfico mostra Anel de Fogo do Pacífico — Foto: Karina Almeida/G1
O país sofre com frequência terremotos violentos, o mais recente deles na cidade de Palu, na ilha Célebes, onde milhares de pessoas morreram vítimas de um tremor e posterior tsunami.
Em 2004, um tsunami provocado por um terremoto no fundo do mar de 9,3 graus de magnitude, na costa de Sumatra, Indonésia, provocou a morte de 220.000 pessoas em vários países do Oceano Índico, 168.000 delas na Indonésia.
Porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres alerta para riscos de novos tsunamis.
Por G1
Imagem aérea mostra erupção do vulcão Anak Krakatau neste domingo (23) na Indonésia — Foto: Nurul Hidayat/Bisnis Indonesia via AP
O balanço de vítimas do tsunami que atingiu a Indonésia no último sábado subiu para 373 mortos e mais de 1.400 feridos, anunciou a Agência Nacional de Gestão de Desastres nesta segunda-feira (24). Outras 128 pessoas seguem desaparecidas. O tsunami foi provocado pela erupção do vulcão Anak Krakatoa, que segundo a agência ainda está em erupção e pode provocar novos tsunamis.
"Estamos alertando as pessoas para permanecerem cautelosas", afirmou no domingo Sutopo Purwo Nugroho, porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, de acordo com a CNN. "As agências ainda continuam analisando a causa raiz ... o vulcão Krakatau continua em erupção, o que poderia provocar outro tsunami."
Sobe para 373 o número de mortos em tsunami na Indonésia
O balanço anterior divulgado no domingo registrava 222 mortos e mais de 800 feridos.
Segundo Nugroho, mais de 600 construções, incluindo casas, hotéis e estabelecimentos comercias, e mais de 400 barcos ficaram danificados.
Pessoas inspecionam nesta segunda-feira (24) área destruída pelo tsunami em Sumur, na Indonésia — Foto: Fauzy Chaniago/AP Photo
Milhares de soldados, policiais, funcionários do governo e voluntários estão trabalhando nas buscas de vítimas nas ilhas de Sumatra e Java.
"Suspeita-se que algumas vítimas ainda estão presas sob destroços e materiais levados pelo tsunami", disse Nugroho.
Homem chora após identificar parente entre os corpos de vítimas do tsunami em Carita, Indonésia — Foto: Fauzy Chaniago/AP Photo
Como nenhum tremor de terra foi registrado antes da chegada das ondas, as autoridades não tiveram tempo de transmitir um alerta e preparar a população.
O presidente indonésio Joko "Jokowi" Widodo expressou suas condolências e ordenou que as agências governamentais respondessem rapidamente ao desastre. A ONU se mostrou disposta a apoiar os esforços do governo, indicou o porta-voz de Antonio Guterres, secretário-geral da organização.
Onda arrastou palco e público de show
Na praia de Tanjung Lesung, em Java, a onda gigante atingiu um palco onde acontecia um show do grupo de música pop "Seventeen" e arrastou a estrutura contra o público.
Um vídeo dramático que circula pelas redes sociais mostra o momento do desastre. Os integrantes da banda correm desesperados do palco, enquanto a onda chega aos espectadores.
Assista ao vídeo:
Tsunami na Indonésia: integrantes da banda Seventeen permanecem desaparecidos
Em uma mensagem no Instagram, o vocalista do grupo, Riefian Fajarsyah, anunciou, sem conter as lágrimas, as mortes do baixista e do empresário que organizava a turnê, assim como o desaparecimento de outros dois músicos, um técnico e de sua esposa.
Imagens exibidas por um canal de televisão mostram a onda na praia de Carita, um popular destino turístico da costa oeste de Java: na passagem, o fenômeno deixa um rastro de destruição, com pedaços de telhados, madeira e árvores derrubadas.
Combinação de fatores
De acordo com autoridades, o tsunami pode ter sido provocado por um aumento repentino da maré provocado pela lua cheia, combinado com uma avalanche no fundo do mar após a erupção do Anak Krakatoa, que forma uma pequena ilha no estreito de Sunda.
Tsunami atinge a Indonésia — Foto: Igor Estrella/G1
Anak Krakatoa é uma pequena ilha vulcânica que surgiu no oceano meio século depois da letal erupção do vulcão Krakatoa em 1883. É um dos 127 vulcões ativos da Indonésia.
"A combinação provocou um tsunami repentino que atingiu a costa", afirmou Nugroho, antes de destacar que a Agência Geológica da Indonésia trabalha para elucidar o que aconteceu exatamente.
Imagem aérea mostra parte da destruição causada por tsunami na praia de Carita, na Indonésia — Foto: Azwar Ipank / AFP
As autoridades indonésias chegaram a afirmar em um primeiro momento que não havia tsunami, e sim um aumento da maré, e pediram à população que não entrasse em pânico.
"Se houve um erro a princípio, lamentamos", escreveu Nugroho mais tarde no Twitter.
As erupções vulcânicas submarinas, que são relativamente incomuns, podem provocar tsunamis pelo deslocamento repentino de água ou deslizamentos em encostas, de acordo com o Centro Internacional de Informação sobre Tsunamis.
Não há registro de brasileiros atingidos
Em nota divulgada na tarde deste domingo (23), o Itamaraty informou que "até o momento", não há registro de brasileiros entre os atingidos. O governo brasileiro acrescentou que acompanha a situação na Indonésia por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta e da Divisão de Assistência Consular (DAC) em Brasília.
Para casos de emergência, o telefone do plantão consular da Embaixada em Jacarta é +62 811 800 662. Em Brasília, o Núcleo de Assistência a Brasileiros pode ser acionado pelos telefones +55 61 2030-8803/8804 (das 8h às 20h) e + 55 61 98197-2284 (plantão consular, das 20h às 8h).
Anel de Fogo do Pacífico
A Indonésia, uma das áreas mais propensas a sofrer catástrofes no planeta, fica no Anel de Fogo do Pacífico, onde se encontram placas tectônicas e que registra grande parte das erupções vulcânicas e terremotos do planeta.
Infográfico mostra Anel de Fogo do Pacífico — Foto: Karina Almeida/G1
O país sofre com frequência terremotos violentos, o mais recente deles na cidade de Palu, na ilha Célebes, onde milhares de pessoas morreram vítimas de um tremor e posterior tsunami.
Em 2004, um tsunami provocado por um terremoto no fundo do mar de 9,3 graus de magnitude, na costa de Sumatra, Indonésia, provocou a morte de 220.000 pessoas em vários países do Oceano Índico, 168.000 delas na Indonésia.
G1
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