Executivo envolvido em escândalo da Petrobras teria feito acordo de delação premiada
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo afirma que o executivo Júlio Camargo, da empresa Toyo-Setal, citado na Operação Lava Jato, que investiga desvio de recursos na Petrobras, teria feito acordo de delação premiada com os procuradores responsáveis pelo caso. Júlio Camargo é o primeiro executivo a fazer um acordo de delação para apresentar detalhes do esquema, seguindo o que fez o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa.
O nome de Camargo foi listado em um documento apreendido pela Polícia Federal na casa de Paulo Roberto Costa, que enumera executivos dispostos a ajudar na campanha de Lindbergh Farias ao Governo do Rio de Janeiro. A anotação diz que ele começaria a ajudar no mês de março.
A Toyo-Setal tem contratos de R$ 4 bilhões com a Petrobras. Ela é filial de uma empresa japonesa e está construindo uma unidade de hidrogênio para a Petrobras em Itaboraí, no Rio de Janeiro, e uma planta para produção de amônia em Uberaba, Minas Gerais. A Toyo-Setal também possui um estaleiro no Rio de Janeiro contratado pela Petrobras para fazer plataformas de petróleo.
De acordo com as delações já realizadas por Paulo Roberto Costa, uma taxa de 3% sobre o valor dos contratos com as empresas. A advogada de Camargo no caso, Beatriz Catta Preta, é a mesma que atuou na delação de Costa.
O mesmo documento que traz o nome de Júlio Camargo cita ainda as empresas Mendes Junior, Engevix e UTC Constran. Todas negam o pagamento de contribuições ilegais para campanhas eleitorais.
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